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  • Dr. Alexandre Naime Barbosa

Hepatites Virais: uma epidemia silenciosa


Matéria em colaboração com o HC UNESP

Cuidados simples podem evitar a contaminação pelos vírus da hepatite


As hepatites virais são as mais comuns e as que mais geram preocupação na comunidade médica. Segundo o médico infectologista e professor da FMB/Unesp, Alexandre Naime Barbosa, são atitudes comuns que evitam o contágio. “As principais formas de se evitar a contaminação pelas hepatites virais são: uso do preservativo sexual (camisinha), evitar o compartilhamento de objetos de uso pessoal (escova de dente, tesoura e alicate de unha, brincos, pircieng), evitar o compartilhamento de seringas e agulhas, nunca usar seringas e agulhas não descartáveis, além de cuidados com o tipo de água e alimentos ingeridos”, observa.


Como ocorre o contágio?


Os vírus da hepatite podem ser classificados em A, B, C, D e E. As hepatites do tipo A e do tipo E são transmitidas por consumo de alimentos ou água contaminados, ou por contato direto via secreções.


Já nos outros tipos, a transmissão acontece por contato com sangue contaminado, compartilhamento de seringas e agulhas, compartilhamento de objetos de uso pessoal, como alicates e tesouras de unha, escova de dentes, piercings, agulhas de tatuagem, objetos utilizados em cirurgias que não foram esterilizados e sexo sem preservativo. Também pode acontecer a transmissão materno-fetal (de mãe para o filho ainda no útero) dos vírus das Hepatites B, C e D.


Hepatite C atinge 2,1 milhões de pessoas, mas menos 20% têm diagnóstico


Segundo Naime, todas as vertentes da doença preocupam, mas a Hepatite C é a mais delicada. “Todas as hepatites podem ser muito agressivas, mas no Brasil a Hepatite C é a que causa maior preocupação, pois é estimado que cerca de 2,1 milhões de pessoas são portadoras do vírus, mas menos de 20% tem diagnóstico, o que representa um perigo para as pessoas infectadas e que não sabem disso, por evoluírem para as formas mais avançadas da doença”, alerta. O especialista ainda comenta que as hepatites matam milhões de pessoas em todo o mundo, pois os tipos B e C podem levar o doente a desenvolver cirrose ou câncer, caso a doença não seja tratada.


Hepatites A e E têm período determinado e desaparecem sozinhas

Para as hepatites dos tipos A e E, na maioria das vezes nem é necessário o tratamento, pois elas são autolimitadas, ou seja: têm um período determinado e desaparecem sozinhas. Já na hepatite B, a maioria dos casos também é autolimitada, porém cerca de 5% dos infectados desenvolvem a forma crônica da doença, que deve receber acompanhamento médico. Já a hepatite C deve ser tratada e é possível a cura.

Um problema de Saúde Pública, com sintomas nem sempre evidentes


As hepatites são um problema de saúde pública e a população precisa se conscientizar sobre sua prevenção, pois nem sempre os sintomas da doença vão ser evidentes. Conforme esclarece o infectologista da FMB, a população não se cuida por dois principais fatores:

1. Doença Assintomática: ao adquirir o vírus, o paciente não tem qualquer sintoma na maioria dos casos, e infecção passa desapercebida por décadas, tempo durante o qual a lesão hepática vai aumentando, podendo chegar na cirrose.

2. Ausência de Fatores de Risco Óbvios: apesar das vias de transmissão do vírus da Hepatite C serem bem conhecidas, em cerca de 40%-50% das pessoas infectadas não é possível identificar qual a rota de contaminação.

“Fica, portanto, o alerta para que, neste dia Mundial de Luta Contra as Hepatites e em todos os outros dias, as pessoas evitem situações de risco de contaminação e, caso desconfiem que possam ter sido contaminadas, se encaminhem às UBS para fazer o exame para confirmar se tem ou não a doença”, salienta Naime.

4toques comunicação – Assessoria de Comunicação e Imprensa

Leia a matéria completa aqui.

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