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  • Dr. Alexandre Naime Barbosa

Epidemia de sífilis conta com mais de 300 casos esse ano em Botucatu


Entrevista para o Jornal Diário de Botucatu em 27/10/2016


Link original aqui


Sífilis. A doença tem crescido de maneira tão alarmante no Brasil que recebeu a classificação de epidemia. Já em Botucatu, desde o ano passado, está ocorrendo uma estabilidade de dados. Em 2015, de janeiro a dezembro foram registrados 466 casos de sífilis. Já em 2016, até o momento foram registrados 329 casos. Especialistas acreditam que os números estejam ligados não à falta de informação, mas sim, à ausência de prevenção nas práticas sexuais.


“Em recente pesquisa de conhecimento feita pelo Ministério da Saúde fizeram a seguinte pergunta: ‘você concorda que a camisinha é a melhor forma de prevenção contra o HIV e outras DST’s?’, 94% dos entrevistados disseram que sim. A pergunta seguinte foi: ‘você usou camisinha na sua última relação sexual casual? ’, e aproximadamente metade dos entrevistados disse que não. Portanto, não falta informação, mas sim uma mudança de hábito na qual a prática do sexo seguro e da prevenção estejam presentes”, explica o infectologista dos Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu Alexandre Naime.


Ele completa que a doença não é característica exclusiva de uma única faixa etária e tampouco de grupos cuja orientação sexual seja homoafetiva. “As populações mais vulneráveis são os adultos jovens, ou seja, aqueles que estão entrando na vida sexual, entre 13 a 19 anos e 20 a 25 anos. Mas é importante frisar que casos são diagnosticados todos os dias nas mais diferentes faixas etárias, até mesmo entre idosos. A infecção é mais frequente em homens que fazem sexo com homens, mas também é bastante encontrada em indivíduos heterossexuais. Assim sendo, independentemente da faixa etária e da orientação sexual, o risco da sífilis é real e todos devem se prevenir fazendo o teste para descobrir se foram infectados e usando camisinha”, aconselha.


A sífilis é um tipo de doença sexualmente transmissível (DST), na qual o indivíduo contrai a bactéria Treponema pallidum. Após o contágio, um dos primeiros sintomas a se manifestar no corpo é o cancro, que é uma ferida que geralmente aparece na região genital. Excluindo-se os casos de sífilis congênita (quando a mãe passa a doença para o bebê ainda na gestação), o contágio pode ser evitado através do uso de preservativo durante a relação sexual.


Segundo dados divulgados no boletim epidemiológico do município, até o momento, dos 329 casos registrados da doença, 41 são de sífilis congênita, 54 são de sífilis em gestantes, e 254 são de sífilis adquirida através da relação sexual.

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