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  • Dr. Alexandre Naime Barbosa

O HIV é um vírus democrático - Dia Mundial de Luta contra a Aids


Entrevista ao Jornal Diário de Botucatu em 01/Dez/2016

Faça o download aqui, ou leia abaixo.

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS é comemo­rado hoje (01/Dez) e tem como principais objetivos en­fatizar a importância da prevenção ao vírus HIV e reforçar a solidariedade com as pessoas que con­vivem com esse vírus, já que em escala global o aumento de indivíduos que adquirem a doença é de cerca de 2 milhões por ano. Em âmbito na­cional, as estimativas in­dicam que de 700 a 1 mi­lhão de pessoas estejam vivendo com AIDS. Em contrapartida, Botucatu tem registrado certa es­tabilidade no número de casos com relação ao ano passado.


“O número de casos novos de AIDS manteve­-se parecido com o núme­ro de 2015. No ano pas­sado nós registramos 34 casos no município, neste ano, até o momento, fo­ram registrados outros 29 casos”, informou a co­ordenadora do programa de DST e AIDS de Botuca­tu, Juliane Andrade.


Para que os números possam se tornar ainda menos expressivos, o médico infectologista da Faculdade de Medicina de Botucatu, Alexandre Naime Barbosa, explica alternativas eficazes que podem contribuir para a população se proteger.


“Atualmente, a cam­panha mais eficaz é di­vulgar o que chamamos de ‘Prevenção Combina­da’. Ainda que o preser­vativo continue sendo a barreira mais efetiva contra o HIV, há outras formas adicionais, uma delas é a PEP (Profilaxia Pós-Exposição Sexual) ao HIV. Em uma relação se­xual em que o preserva­tivo não foi usado, ou se rompeu, se algumas me­dicações anti-HIV forem tomadas em até 72 ho­ras, o risco de transmis­são é 0%. Em Botucatu, a PEP está disponível des­de 2011 no SAEI-DAM, o Hospital Dia, e no HC UNESP, de forma gratui­ta pelo SUS. Funciona como uma ‘pílula do dia seguinte’, para ser usada em emergências”, infor­ma o médico.


“Outra alternativa é a PrEP (Profilaxia Pré­-Exposição Sexual) ao HIV. Em algumas popu­lações de alto risco de aquisição do HIV, por exposições repetidas por sexo desprotegido, o uso de um comprimido anti­-HIV todos os dias tem mais de 96% de taxa de proteção. Essa estratégia está sendo implemen­tada pelo Ministério da Saúde, e em breve estará disponível para algumas indicações específicas”.


“O VÍRUS É DEMOCRÁTICO”, AFIRMA MÉDICO


O infectologista Ale­xandre Naime Barbosa destaca a questão do pre­conceito sofrido pelas pessoas portadoras do vírus HIV como um fardo, muitas vezes mais pesado do que a própria doença.


“Vivemos em uma épo­ca em que o tratamento é altamente efetivo, e as pessoas que vivem com o HIV/Aids tem expecta­tiva e qualidade de vida semelhantes à população em geral. Por isso costu­mo dizer que o principal fardo dessa doença atu­almente é o preconceito e estigma que esses indi­víduos sofrem de pessoas mal informadas. Não se deve carregar culpa ou vergonha por ser portador do HIV: o vírus é demo­crático, infectando homo e heterossexuais, ho­mens e mulheres, jovens e idosos, ricos e pobres, brancos, pretos, amarelos ou vermelhos, católicos, evangélicos, protestantes, budistas e ateus”.


COMEMORAÇÃO DO DIA DE LUTA CONTRA A AIDS É REALIZADA NO HOSPITAL DIA


No dia em que as aten­ções voltam-se para a im­portância da prevenção contra a AIDS, pacientes do Hospital Dia, que é especializado em infec­tologia, puderam tomar um café diferenciado, no qual foram servidos mais de 50 panetones que a instituição recebeu por meio de uma doação.

Por intermédio da as­sessoria de imprensa, a diretora técnica do hos­pital, Lenice do Rosário de Souza, informou que este tipo de atitude co­labora para o tratamen­to dos pacientes. “Essas doações são importantes para os pacientes e para nós. As confraterniza­ções deixam os pacientes mais felizes e são muito propícias neste mês de dezembro. Um paciente mais feliz com certeza é um paciente mais saudá­vel”, declara a diretora.


ENTENDA A AIDS E O HIV


De acordo com o Ministério da Saúde, a sigla HIV corresponde ao termo em inglês do Vírus da Imunodeficiência Humana, que é o causador da AIDS. A doença promove o comprometimento do sistema imunológico do paciente e é transmitida através de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez.

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