- Dr. Alexandre Naime Barbosa
Autoridades lançam campanha para que as pessoas não lavem e reutilizem camisinhas nos

Matéria publicada no portal Hypeness em 03/08/2018
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A camisinha foi projetada para ser utilizada apenas uma vez. Porém, muita gente não sabe disso e em função dos crescentes registros de pessoas lavando e reutilizando os preservativos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos emitiu um alerta à população.
Considerado uma das principais agências de saúde pública do mundo, o CDC lançou uma campanha nas redes sociais e uma página com informações sobre o uso correto de preservativos masculinos e femininos. O objetivo é sublinhar o risco da contração de doenças sexualmente transmissíveis, as DSTs.
“Estamos falando porque as pessoas fazem isso: não lavem nem reusem #camisinhas. Use uma nova a cada ato #sexual”, publicou no Twitter o CDC, ligado ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo norte-americano.
Entre 1,4% a 3,3% dos entrevistados no estudo confessaram terem lavado o preservativo. No entanto existem outros equívocos, como colocar a camisinha no meio do ato sexual, não desenrolar por completo ou tirá-la antes do final.
Nos últimos dois anos, os índices de registros de doenças sexualmente transmissíveis atingiram os maiores níveis da história. Foram mais de 2 milhões de casos de sífilis, gonorreia e clamídia. Técnicos de saúde norte-americanos destacam ainda o medo de um aumento da transmissão do HIV.
A notícia faz coro com a crescente preocupação das autoridades brasileiras com o crescimento dos níveis de contaminação durante as relações sexuais. Para especialistas em saúde pública isso se dá justamente pelo controle da disseminação destas doenças, principalmente a Aids.
“Esta última geração, que começou a vida sexual depois de 2010, tem um modo diferente de encarar as DSTs”, disse ao G1 Alexandre Naime Barbosa, professor de Infectologia da Unesp.
Nos últimos 20 anos, o Brasil registrou queda de 45% na taxa de mortalidade por Aids. A epidemia no país está estável, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes.
Mas não se iluda. O relaxamento provocado pela aparente tranquilidade contribuiu para uma alta de 140% no surgimento de novos casos anuais entre 2007 e 2017.
O Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado pelo Ministério da Saúde, atestou que jovens de 15 a 29 anos, do sexo masculino, são os mais afetados. Entre eles o aumento atingiu 590%.